sexta-feira, setembro 23, 2005

Estados de espírito

Porque é que quase sempre o mais importante não é o que é mais importante. Porque é que quase sempre é o acessório, o detalhe inútil, o secundário bem secundário, o que comanda a vida?

Em tudo o que se tem passado nestes últimos tempos, o que está “no ar”, o que se discute, o que se analisa, o que é “notícia”, o que serve de mote à “inteligenzia” bem pensante à nossa volta, não tem sido o que de mais importante se pode considerar ser a nossa existência, quer pessoal, quer colectiva.

Andamos todos à volta do "alguidar" da vida. Andamos todos nas bordas do declive, cheios de tonturas de vertigens (as mais das vezes infundadas). E não queremos, não somos capazes de descer ao fundo as coisas, ao âmago das questões, afinal, ao importante do que é preciso encarar.

Andamos todos, afinal, quer o queiramos ou não entender, a escolher o mais fácil. Sobretudo, o que menos nos incomode a nossa lassidão, a nossa modorra, pessoal e colectiva.

Por isso, muitas vezes, nos afligimos, nos incomodamos quando o inesperado surge. Por isso, muitas vezes nos chocamos – hipocrisia das hipocrisias!

Quer-me cá parecer que, afinal e entretanto, cá vamos na mesma “cantando e rindo…”

1 comentário:

armando s. sousa disse...

As pessoas têm necessidade do supérfluo não do necessário.
Um abraço e bom fim de semana.