domingo, novembro 27, 2005

Leituras interessantes

CHE – Ernesto Guevara,
Uma lenda do século
Pierre Kalfon
Terramar, Março de 1998
Tradução: Manuela Torres

"CHE (pronunciar tché) é a interjeição característica da linguagem argentina familiar para interpelar, chamar a atenção do interlocutor. Consoante a entoação, as circunstâncias, CHE, que é sinal de tratamento por tu, pode significar mil e uma coisas: ó pá, olá, ouve lá, incrível!, etc. Por vezes, raiando o vulgar, CHE distingue as pessoas do Rio da Prata da maior parte dos outros hispanófonos."

"9 de Outubro de 1967: uma rajada de metralhadora liquidou Ernesto Guevara, universalmente conhecido pela alcunha, tão afectiva, de Che. Aconteceu num lugarejo perdido, na Bolívia. Assassinado precipitadamente, como se fosse forçoso extirpar o vírus, o Che tornou-se o verdadeiro símbolo do revolucionário íntegro, indefectível, que abandonou o poder para manter a coerência revolucionária, tentando conciliar Marx e Rimbaud.
Nesta biografia extremamente documentada, Pierre Kalfon reconstitui a existência fulgurante deste autêntico Dom Quixote dos tempos modernos, intensamente marcada pela paixão revolucionária. Havia que distinguir entre o mito e a realidade, entre o “santo” e o homem de carne e osso, havia que separar da lenda a verdade vivida, desde a infância e a juventude na Argentina até ao decisivo encontro com Fidel Castro no México, desde a epopeia da luta armada em Cuba até à vitória da revolução, desde o exercício do poder até ao regresso à guerrilha (tentando criar outros Vietenames), até ao trágico desfecho na Bolívia.
Graças a dezenas de testemunhos directos e à análise rigorosa de fontes inéditas, Pierre Kalfon conseguiu produzir uma biografia que já se impôs como obra de referência indispensável, para quem quiser conhecer de facto um dos protagonistas políticos mais generosos do Século XX. E, talvez, o mais amado."
(Texto da contracapa)

Ernesto Guevara de la Serna, “um asmático apressado", nasceu a 14 de Junho de 1928, em Rosário de Santa Fé, na Argentina. Grande contestatário, foi também um semeador de sonhos. Numa carta de despedida aos pais, diria um dia: “Muitos dirão que sou aventureiro, e sou-o. Com a diferença que eu arrisco a pele para defender as minhas verdades.”

Goste-se ou não dele, concorde-se ou não com as suas ideias, com a sua vida, com os seus actos, com as suas palavras, o Che foi, na verdade, um vulto destacado no seu tempo. Ficou, pois, na História. Na História de nós todos.

1 comentário:

armando s. sousa disse...

Estive com este livro na mão para o comprar mas acabei por não o comprar, porque tenho 2 biografias de Che.
Para mim é a figura mítica de todo o século vinte.
Um abraço