quinta-feira, novembro 03, 2005

O Jardim (VII)

A um canto isoladas
Furtivas e esconsas
Algumas ervas daninhas.

Sorriem agitadas
E de soslaio
Na mesquinhez dos seus gestos
Crispados e viscosos.
E nos seus olhos descobrem-se
Ironias de sentimentos reprimidos.

Afastam-se da vida colectiva
E escondem-se mordazes
Na hipocrisia das suas palavras.

São escorregadias e sinuosas
E calam a verdade.
Trazem no ventre o escuro
E destroem a cor e a luz
Que habita o jardim.

O seu futuro
É a foice da sabedoria.

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