quinta-feira, dezembro 29, 2005

2005: Um olhar sobre o caminho


2005 está a chegar ao fim. Fim de ano é sempre fim de ano. Com festa e tudo. Mas é também tempo para olhar para trás e procurar ver o caminho percorrido. Não para ficar retido no que passou. Mas para podermos olhar o que aí vem com o sabor do tempo. Que é sempre olhar de esperança. Mesmo que de esperança apenas se vislumbre o sonho.

Por agora, apenas o lembrar do que fui lendo ao longo deste ano. Da memória, entre outros, retenho alguns livros que “puxaram” por mim e, de uma maneira ou doutra, me tocaram bem fundo. E que recomendo vivamente. (A ordem é naturalmente arbitrária)

Uma Deusa na Bruma
João Aguiar

Ed. ASA, 3ª Edição, Junho 2003
Contrariamente ao que muitos “homens” poderão continuar a dizer, o “homo misticus” também se afirma no feminino. Se calhar há mais tempo, até, do que no masculino.
Esta obra poderá até nem ser a melhor do autor, mas nela se revela, seguramente, João Aguiar no seu melhor.

CHE – Ernesto Guevara, Uma lenda do século
Pierre Kalfon
Terramar, Março de 1998, Tradução: Manuela Torres
Ernesto Guevara de la Serna, “um asmático apressado, grande contestatário, foi também um semeador de sonhos.
Goste-se ou não dele, concorde-se ou não com as suas ideias, com a sua vida, com os seus actos, com as suas palavras, o Che foi, na verdade, um vulto destacado no seu tempo. Ficou, pois, na História. Na História de nós todos.

Elogio do Imbecil
Pino Aprile
Dom Quixote, 2003
“Os inteligentes construíram o mundo, os estúpidos vivem à grande”. Ou melhor: “os inteligentes construíram o mundo, mas quem desfruta dele e triunfa são os imbecis”.

O Maçon de Viena
José Braga Gonçalves

Ed. Primebooks
O Príncipe Rosa-Cruz
José Braga Gonçalves
Ed. Primebooks, 2005
Uma maneira diferente de olhar a figura de Sebastião José de Carvalho e Melo (1699-1782), 1º Conde de Oeiras e 1º Marquês de Pombal. E através dele, o saber contar outras histórias.
O acerto de contas consigo próprio. Mas também com os outros, estou certo.

A Comenda Secreta
Maria João Martins Pardal e Ezequiel Passos Marinho

Ed. Esquilo, 2ª Edição, Outubro 2005
Um outro olhar sobre a fundação de Portugal. D. Afonso Henriques e o Mestre Gualdim Pais: uma mesma “Comenda”.
Como me disse o meu amigo Ezequiel, “a leitura deste livro não é recomendada a fundamentalistas”.

Havemos de voltar com outras memórias.

1 comentário:

armando s. sousa disse...

Destes livros o único que li, em 2004, foi o Elogio do Imbecil de
Pino Aprile. Achei o livro fantástico.
Passo para desejar umA no 2006 repleto de saúde, amor, alegria e muita Paz.
Que seja o Ano de todas as suas realizações pessoais.
Feliz Ano Novo.
Um abraço do Armando.