terça-feira, setembro 12, 2006

E porque não pegar nele e ler?


A Irmandade do Santo Sudário
Júlia Navarro
Editora Gótica
Colecção Cavalo de Tróia, 2004




“É realmente o rosto de Cristo que está gravado no Santo Sudário?
O Santo Sudário é um pano de linho puro com três pés e sete polegadas de largura por catorze pés e três polegadas de comprimento, que ostenta a imagem pormenorizada, de frente e de costas, de um homem que foi crucificado de maneira idêntica à de Jesus de Nazaré segundo é descrito pelas Escrituras.”

Um inexplicável incêndio na catedral de Turim pode ser mais do que um simples acidente. Este incêndio e a morte de um homem a quem tinham cortado a língua são o detonador de uma investigação policial do «Departamento de Arte» dirigido pelo detective Marco Valoni e sua equipa de investigadores.

Quem teria interesse em destruir o Santo Sudário? É verdadeiro o Sudário, ou uma cópia? Convivem connosco, no silêncio, subterrâneos, discretas, comunidades secretas?

Tendo partido da notícia da morte de um dos cientistas que estudou a autenticidade do Santo Sudário – datado para alguns do século XIII, a autora constrói uma ficção em torno do que poderia ter sido o percurso até aos nossos dias da relíquia. Enquanto a equipa de investigadores do Departamento de Arte tenta descobrir quem se esconde por detrás dos incêndios que quase destruíram Santo Sudário, guardada em Turim desde o século XVI, uma jornalista vai desvendando a importância dos Templários na guarda da relíquia.

Da Turquia a Constantinopla, de França aos subterrâneos de Turim, a viagem faz-se entre tempos e lugares. Do passado ao presente mantém-se o mistério, o secretismo que envolve ainda hoje o Santo Sudário.

Os protagonistas são homens de negócios cultos e refinados, cardeais e outras importantes figuras da Igreja, ou seja, uma elite cujo único elemento comum é serem solteiros, ricos e muito, muito poderosos.

“O cavaleiro templário esporeou a montada. (…) Retumbava-lhe nos ouvidos a voz profunda de Jacques de Molay convocando Filipe, o Belo, e o papa Clemente para o Juízo de Deus. (…)
A Jacques de Molay arrancaram a vida, mas não a dignidade, porque nunca houvera homem mais digno e corajoso nos últimos momentos da sua existência.”

De facto, há coisas, que até podem nem ser verdade. Ou pelo menos, não serem totalmente verdadeiras. Mas lá que são grandes histórias, lá isso são.

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