segunda-feira, setembro 18, 2006

A intolerância dos tolerantes

Parece que S.S. o Papa terá tido na Universidade de Ratisbona, na sua Alemanha natal, a intenção de apenas dar uma aula, de apenas lembrar os seus tempos de professor.
Mas quer-me cá parecer a mim que S.S. o Papa não deveria nunca esquecer quem é; que é, apesar de tudo, todos os dias, o pastor supremo e universal da Igreja Católica Apostólica Romana.
Aliás, na sequência do que costuma ser “norma” nos gestos do Vaticano. (Terá sido em favor dessa mesma “norma” de cuidados extremos que não terá, por exemplo – e que me intrigou, no mínimo, bastante na altura – o então Sumo Pontífice beijado o solo, aquando da sua chegada a território de Timor-Leste.)

Mas já agora, caramba (para não dizer outra coisa mais forte) para algumas reacções – como
esta e esta – a estas palavras de S.S. o Papa.
Parece-me a mim que cairia o “Carmo e a Trindade”, ou outros monumentos quiçá mais imponentes, se por causa de algumas palavras de um qualquer ilustre dirigente muçulmano, alguns energúmenos (é esse, no mínimo, o termo) deitassem fogo, por exemplo, à Mesquita de Lisboa.

E não me venham dizer que não estamos a falar da mesma coisa.

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