segunda-feira, março 10, 2008

Reflexões de fim-de-semana

Isto de ter na família dois irmãos que são professores obriga-nos a olhar para tudo o que se vai passando de uma forma mais cuidada, mais participada. E mesmo que queiramos que as coisas evoluam, se modifiquem, não continuem na mesma, vamos aprendendo também a procurar olhar as coisas de ambos os lados.

Para que não restem dúvidas: sei bem o que significa para os meus irmãos serem professores. E sei que são excelentes professores, que trabalham muito e com afinco. Chego a afirmar que sortudos os pais cujos filhos são seus alunos. Porque conheço as suas vidas. E por isso sei que não são nenhuns privilegiados. E não admito, portanto, que lhes chamem o que já ouvi chamar.

Neste caso, estou convencido que as coisas como estão não levam a nenhum lado. É preciso mudanças, é preciso trabalhar mudando o que precisa de ser mudado e mantendo o que se justifica manter. Por exemplo, na grande questão que se tem colocado, também eu estou convencido que a avaliação de professores é uma necessidade. Como as avaliações em todos os sectores da sociedade. E o curioso é que os meus irmãos também estão perfeitamente de acordo com tudo isto.

E como disto de educação apenas conheço [se calhar mal] o que o cidadão comum conhece, apenas desejo que no fundo, no fundo, todos possam aprender que a vida nos pede continuamente que saibamos descobrir a cada passo a sabedoria serena, que faz avançar a história da humanidade.

E, já agora, porque vem a propósito, aconselho a leitura do texto de Mário Lopes,
A Educação, a bateria e a especialização, publicado há já algum tempo, no jornal Tinta Fresca.

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