sábado, maio 31, 2008

Os meus olhares


“HAIKU” [XXVI]

Cigarra da tarde,
Não sabes que o dia finda
Sem a tua ajuda?

DEN SUTEJO (1633-1698)

sexta-feira, maio 30, 2008

Os meus olhares


"Meditabundando"

O Verdadeiro é Simples
O verdadeiro, o bom, o inigualável é simples e é sempre idêntico a si mesmo, seja qual for a forma sob a qual ocorre. Pelo contrário, o erro, sobre o qual sempre recairá a censura, é de uma extrema diversidade, diferente em si mesmo, em luta não apenas contra o verdadeiro e bom mas também consigo mesmo, sempre em contradição consigo próprio. É por isso que em todas as literaturas as expressões de censura hão-de ser sempre muito mais que as palavras destinadas aos louvores.
Johann Wolfgang von Goethe, in 'Máximas e Reflexões'
Citação
daqui

quinta-feira, maio 29, 2008

Os meus olhares


Há horas assim…

Debate, esta noite, na SIC. Candidatos à liderança no PSD.
Reacção cá em casa: “Valha-nos Deus!”

quarta-feira, maio 28, 2008

terça-feira, maio 27, 2008

Viajando o tempo

Às vezes é mesmo preciso que deixemos a distância manifestar-se para descobrirmos que a nossa vida do dia a dia mais não é do que apenas o passar dos próprios dias. Sem mais que isso mesmo. Mesmo que nos julguemos importantes actores da encenação que conhecemos por vida.

segunda-feira, maio 26, 2008

terça-feira, maio 20, 2008

“HAIKU” [XXV]

Com a mãe doente
As crianças já não brigam –
Seu jantar é frio.

YOSHINO YOSHIKO (n. 1915)

segunda-feira, maio 19, 2008

A ler

  • São coisas da vidaMiguel Sousa Tavares – [Expresso]

domingo, maio 18, 2008

Divagações [2]

Este é o tempo de obrigar o silêncio
A manifestar o seu sentir.
Tenho para mim que apenas
Podemos aprender a escutar
Se o ar que respirarmos
Possuir a serenidade e a paz
Que só os pacientes atentos
Conhecem e podem saborear.

sexta-feira, maio 16, 2008

“Lounge” [Caldas da Rainha]

Estive lá. Está bem giro. Ambiente calmo, sereno e agradável, como convém a quem gosta de passar um tempo agradável em boa companhia.

























Vale a pena aparecer por lá. Vão ver que sabe bem.
E não é por acaso. É que quem está lá a receber-nos é o meu David e o amigo Sérgio, que se embrenharam nesta aventura.

quarta-feira, maio 14, 2008

terça-feira, maio 13, 2008

Divagações [1]

Quando a voz se levanta
Tornando visível o escondido
O sonho revela-se.

Quando a música se expande
Envolvendo o tempo eterno
O sonho revela-se.

Quando a palavra se sente
Absorvendo o ar que se respira
O sonho revela-se.

segunda-feira, maio 12, 2008

domingo, maio 11, 2008

"Meditabundando"

Bem e Corrupção
Vi claramente que todas as coisas que se corrompem são boas: não se poderiam corromper se fossem sumamente boas, nem se poderiam corromper se não fossem boas. Com efeito, se fossem absolutamente boas, seriam incorruptíveis, e se não tivessem nenhum bem, nada haveria nelas que se corrompesse. De facto, a corrupção é nociva, e se não diminuísse o bem, não seria nociva. Portanto, ou a corrupção nada prejudica - o que não é aceitável - ou todas as coisas que se corrompem são privadas de algum bem. Isto não admite dúvida. Se, porém, fossem privadas de todo o bem, deixariam inteiramente de existir. Se existissem e já não pudessem ser alteradas, seriam melhores porque permaneciam incorruptíveis. Que maior monstruosidade do que afirmar que as coisas se tornariam melhores com perder todo o bem?
Por isso, se são privadas de todo o bem, deixarão totalmente de existir. Logo, enquanto existem são boas. Assim sendo, todas as coisas que existem são boas e aquele mal que eu procurava não é uma substância, pois se fosse substância seria um bem. Na verdade, ou seria substância incorruptível, e então era certamente um grande bem, ou seria substância corruptível, e nesse caso, se não fosse boa, não se poderia corromper.
Santo Agostinho, in 'Confissões'
Citação
daqui

quarta-feira, maio 07, 2008

Outros olhares

Sônia Menna Barreto
Enxuta

Imagem daqui

Digo eu, já agora

Silêncio não é ausência de som.

terça-feira, maio 06, 2008

Há histórias que merecem [mesmo] ser contadas

«(…) Há uns anos, e também no Algarve - em Loulé, se bem me lembro -, um jovem casal saiu para uma noite de Carnaval. Deixou no apartamento um bebé e a filha de cinco anos para dar lhe dar o biberão. A meio da noite, a catraia atrapalhou-se com o choro do irmãozito e foi bater à porta dos vizinhos. Estes resolveram o problema do momento. E ajudaram a resolver a causa do problema: de manhã, quando os pais foliões regressaram, os vizinhos deram-lhes uma tareia. É bom saber quando as instituições, como a boa vizinhança, funcionam.»
Ferreira Fernandes
ELE HÁ HISTÓRIAS EDIFICANTES
Diário de Notícias, 06.05.2008

Citação do dia

O mal nunca está no amor
Gide , André
Citação
daqui

segunda-feira, maio 05, 2008

Se calhar, o melhor é pensarmos muito a sério nisto tudo

«(…) Provavelmente, o que de mais grave tem acontecido em Portugal desde 2002 e que mais consequências dramáticas pode ter no futuro é a pauperização da classe média. E um país sem classe média é uma auto-estrada para o banditismo, a violência e a criminalidade. É sobre isto que têm obrigatoriamente de reflectir os governantes e os empresários: os primeiros porque têm conduzido uma política orçamental onde uma das pedras de toque foi o congelamento salarial durante três anos na função pública; os segundos porque as estatísticas mostram que, da riqueza produzida no país, cada vez é menor a fatia que cabe ao factor trabalho e maior a que vai para o factor capital. (…)»
Nicolau Santos
Os graves riscos do empobrecimento da classe média
Expresso, 05.05.2008

domingo, maio 04, 2008

Pontos de vista [2]

Já agora, sobre o conhecimento e a história, vale bem a pena ler o que o J Faustino nos deixa aqui, no seu Abécula.

As coisas [os minutos de silêncio, por ex.] nos seus devidos lugares

Os meus representantes nesta ilustre casa abandonaram a sala para não se sujeitarem à marosca. Os outros, bem, os outros, esses não me representam mesmo.

Vá lá, nem tudo está perdido: ainda existe gente [
Arrastão] que se inquieta e manifesta a sua indignação.

Os meus olhares [do dia]


sábado, maio 03, 2008

Pontos de vista

Parece estar hoje na moda falar-se da sociedade que somos, pela visão que dela têm os jovens.

Basta termos estado atentos a algumas vozes recentes, das quais o Presidente da República se tornou a mais pública e sonora.

Também hoje
Manuel Maria Carrilho e João Miranda, nas suas crónicas do Diário de Notícias, nos trazem este assunto à reflexão.

Na verdade, nos dias que correm, o que mais se vê e ouve por aí, é um quase profundo desinteresse pelas coisas da política. Então da partidária, nem se fala. E o que nos devia preocupar mesmo é que esse desinteresse, essa apatia, afinal, apenas tem a ver com uma coisa que nos diz respeito a todos. Tem a ver com o que nos habituámos a chamar de ‘coisa pública’ [a ‘res publica’, diziam ao antigos].

Mas no meio de tudo isto, não acho, como diz o JM, que a sociedade construída pela geração do 25 de Abril, seja uma sociedade falhada. Pode ser uma sociedade complicada, problemática, com mais dúvidas que certezas, pecadora até [como dirão alguns], mas falhada não.

Uma simples palavra

Às vezes basta uma simples palavra para deixar passar por nós a nossa memória, a nossa história.

Como aqui. Vale a pena ler, para descobrir a vontade de querer saber mais.

sexta-feira, maio 02, 2008

Tempos de inquietação

«(…) Não, numa história como esta não podemos falar de aumento de penas nem de mais polícia nem vociferar contra "a insegurança". Numa história como esta só podemos olhar para o rosto de Fritzl e tentar decifrar-lhe os sinais, aqueles que deveriam ter alertado toda a gente para o monstro que ali estava, e perceber que não havia maneira, que não há maneira. Nem de perceber - porque se no lugar da filha ainda nos conseguimos projectar, não há forma de pensar como será estar no dele, ser ele - nem de prevenir nem de evitar nem de adivinhar quando e como e porque é que estas coisas acontecem. Nem de encontrar castigos que apazigúem o nosso medo, e a dor e a perda horríveis, tenebrosas, destas vidas. Nenhum sistema penal ou moral nos responde a isto, nada nos protege deste mal. Porque está dentro. Das nossas casas, da nossa família, de tudo o que devia ser seguro e certo. De nós. Porque é humano, tão pavorosamente humano.»
Fernanda Câncio
A HUMANIDADE DO MAL
Diário de Notícias, 02.05.2008

quinta-feira, maio 01, 2008

Relembrar as Maddy’s desaparecidas

Esta noite, as televisões [re]lembraram-nos Madeleine Mccann. Ouvimos mais uma vez a dor daqueles pais. Faz [amanhã] um ano de desaparecimento. Não se pode esquecer, querem dizer-nos. E bem, diga-se.

Mas, curiosamente, não vi nem ouvi nas mesmas televisões falarem, por exemplo, de Alexandre da Silva Gabriel, Cláudia Alexandra Sousa, Rita Monteiro, Rui Pedro Mendonça, Sofia Oliveira. Nem reparei que tivessem também ouvido a dor dos pais destas crianças.

Por mim, ingénuo e crédulo, acredito que um dia os deuses me hão-de explicar porque [como] é que, no meio disto tudo ainda acreditamos ser todos “seus filhos”.

Já agora, para os inquietos da vida: ir
aqui e ver.

Outros olhares

Pintura de A. Galvão